quarta-feira, 24 de março de 2010

Desprovidos de olhar


Desprovidos de olhar, cruzam-se nos teus caminhos, amparam as ansias dos prescritos, são os homens malditos, sem escolha, sem rumo, sem dor.
nada me  rovolta e indigna mais do que constatar no meu semelhante olhares vazios e peitos ocos.
Roboticamente deambulam pelas bifurcações da vida, escolhendo metódicamente sempre o mesmo rumo!
gente que só olha para si, que só vê os seus problemas que só repara nos seu medos, desprovidos de olhar eles rumam ao seu objectivo, olham e não vêm o sem abrigo, não vêm a criança, não vêm o idoso tentando atravessar a rua, ou o ceguinho na porta do metro...e caminham, caminham...desprovidos de olhar, eles olham sem ver os males do mundo...
a total ausência de sentimentos, a inércia e as frases monosílabas caracterizam este Homem que passa ao teu lado sem te ver, agem mecanicamente e a palavra semelhante não existe nos seus dicionários, alheios a tudo o que não lhe diz respeito, seguem a sua marcha sem nada que os demova...deixai-os passar, deixai-os passar...

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