sexta-feira, 26 de março de 2010

Os Okos e o tempo

«Ao dizermos: “O conhecimento não ocupa lugar” estamos a fazer uma afirmação incorrecta. A memória é como uma “caixa”. Quanto mais informação tem, mais cheia fica. Quando a “ caixa” está “cheia”, tem de “esvaziar”. A esse “esvaziamento” a Psicologia dá o nome de esquecimento. O esquecimento permite à memória reter ou armazenar novos conhecimentos. O esquecimento é essencial para o processo de memorização. É, pelo facto, de esquecermos que estamos aptos a fazer novas memorizações. O esquecimento apresenta uma função selectiva e adaptativa, afastando todos os materiais que não são importantes ou úteis para um normal funcionamento da nossa vida.»
.Escola Secundária 3ºcliclo da Azambuja
António Matos nº4- 12º A
Miguel Apolinário nº13-12º A
Rui Gaga nº15- 12ºA

 Achei deveras interessante este excerto de texto inserido num trabalho de grupo efectuado por estes alunos. podia ter citado qualquer um, mas tropecei neste, por isso...
aliamos então, Dali, psicologia, esquecimento e ocos.

lembras-te naquele tempo? quando a comida que tinhas, apenas era suficiente para colmatares as necessidades mais básicas? quando por volta das 20h00 sentias a barriga colada ás costas e o melhor que tinhas a fazer era enfiares-te na cama a ver se as dores passavam, lembras-te?

lembras-te daqueles dias frios demais que te apetecia um banhinho quente e que nem  água aquecida tinhas? sim, e das vezes que querias convidar algum amigo lá a casa mas a vergonha da parca mobília calava-te a boca abafava-te as palavras...lembras-te?

lembras-te quando a televisão, a boa aparelhagem e o auto rádio xpto, faziam parte dos teus sonhos e nada mais? 

Meu amigo irmão, esse tempo há muito que está esquecido, arquivado nalguma partição da tua mente desordenada, na ânsia de nunca voltar a encontra-lo nem sequer passar os olhos por quem passa pelo mesmo, apesar dos tempos já serem outros e os outros já não serem destes tempos...

nesse tempo a olhos de alguns surreal e irracional teria te conhecido com toda a nudez que se quer, com toda a pureza e confronto que se pretende! sem tempo para okiçes ou qualquer coisa terminada em içes, seriamos só tu e eu em pleno! tu e eu, tempo, eu e tu insanidade.

e hoje? hoje nestes dia okos nesta dimensão de plena superficialidade e soberba, correm feitos loucos tentam passar pela porta do tempo em busca de dias melhores! não!!! não os encontraram, pois eles morreram há muito, há muito que se extinguiram, hoje lutas por tudo o que é material, por tudo o que possas mostrar ao teu próximo, por tudo o que achas que te dignifica...e o vento leva-te, afasta-te cada vez mais da tua condição de humano...vai....vai...quiça os encontres por entre as nuvens do paraíso, quando fores para o ceú...

in livro da insanidade by MetaMorfo




 

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