quinta-feira, 19 de julho de 2018

Que seja eterno, até chegar ao fim...





...Então, se nada mudar, depois de um longo tempo de distância, se nada mudar depois de novamente nos tocarmos, eu saberei que sempre morei em ti, e que o teu coração me abrigou carinhosamente todo o tempo em que fiquei fora. Saberei que vamos ser para sempre, mesmo que de vez em quando um dos dois resolva simplesmente ir.
 

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Apaixonada? Como foi possível?




(Texto adaptado, original by Clara Baccarin)



Que facilidade e vulnerabilidade a tua de ires abrindo assim o teu coração! Que fraqueza é essa quando me  mostras os olhos vermelhos de choro e dizes que te envolveste?!
Minha querida, quantos anos tens,em que mundo vives? Em que tempo paraste? Que cena de coração mole é essa? Que alma entregue é essa? E que conceitos tão antigos?!
Não acreditas no amor livre?
Como foi possível te  apaixonares por mim?
A gente fodeu muitas vezes movidos pela tesão. Foi tudo tão intenso porque a vida é para aproveitar o momento. Eu só disse que te amo a olhar nos teus olhos porque eu gosto de exercer a minha liberdade de expressão.
E tu construíste um mundo em cima disso?
Ah, essas tuas expectativas, tens que olhar bem para elas e tratá-las. Não  te fazem bem…
Não me leves a mal, és sim uma pessoa especial para mim, mas agora eu não tenho energia e nem tempo, (tenho que ir ali ver se a minha técnica funciona bem com outra gaja. Tenho que ir ali fazer uma massagem ao meu ego, tenho que ir fazer sucesso, ficar por cima, tenho que começar do zero…).
Desculpa, não tenho tempo para conversar sobre temas essenciais contigo. Tenho um mundo para conquistar. Tenho uma família para cuidar, tenho coisas importantes para fazer, tenho amigos á minha espera.
Não tenho tempo para te ouvir, mas podes vir ter comigo às vezes, a rua é pública! E o carinho continua. Somos amigos coloridos. Só não gosto da tua TPM, nem dos teus acessos de lamechice… Mas vais estar sempre no meu coração,nem que passem 2 anos, ou 3, como uma dessas histórias especiais que ficam na memória.
Não chores assim,  vá lá! Eu não sabia que eras assim tão sensível, nunca foi a minha intenção te fazer sofrer. Se eu insisti tanto para ficar contigo foi porque o universo conspirou (e tu ficaste dando uma de difícil e fechada e viraste um desafio). Agora eu já tenho o que eu precisava, e no fundo pensei que fosses uma mulher mais forte, mais livre, moderna… Dona de ti!
E agora estás assim, na palma da minha mão? Como pode isso ser possível?
Desculpa-me, mas eu lavo minhas mãos. Não posso me responsabilizar por te ter conquistado.
A dor é tua.
Fica bem!
Do teu querido Vampiro de Energia.
(Adaptado de Clara Baccarin)

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Estás só?



A morte não me assusta nem distrai
os corpos inertes  não quero carregar
As sombras do que fica e do que vai
Sei bem que os hei-de encontrar.

Quantas angustias isso te traz
Quantas súplicas perdes pelo caminho
Não aprendeste ainda do que és capaz
Sentes-te sufocado no teu ninho

Sentes-te sozinho e perdido...contido
Vagueias pelas brechas do destino
Ès um espírito livre dentro de um corpo tolhido
Corre agora, segue adiante e procura o outrora menino

Livre de amarras ou qualquer triste dom
Trazes no peito aquela canção
Escutas comigo o perfeito som
São os acordes do teu livre coração.


Padrão Imperfeito

Foto:Renato lazzarini


Esse nó na garganta, esse murro no estômago que teima em persistir, que teima em resistir de cada vez que  vem aquela insatisfação, aquele vazio de alma profundo. As dores físicas são uma constante para quem tem vazios de alma, a alma está esburacada com incompreensões de gente real, de gente que vive com os pés na terra e que só pisa onde o cimento é bem seguro!

Não tenho regras, não tenho bioritmos, a minha alma estravaza o meu espírito vagueia para bem longe, e não aceita padrões, não aceita perfeições! Não vos admito que me obriguem a ver o certo e o correto, quem definiu que seria assim? quem te disse que tinhas que tomar conta de mim? caio, sim caio quantas vezes eu quiser e tropeço sempre, quero a angústia, quero o tumulto do peito a bater, do enjoou do incerto, quero a droga que entorpece e te enlouquece!!

Quero que a liberdade me atormente, quero a procura incessante do desconhecido, quero as consequências pujantes, quero sufocar com elas e aos poucos emergir á superfície, sem pecados, sem mácula....

Anseio pela paz e pela tranquilidade no meio da guerra, quero que os estilhaços sejam o meu lar, quero o sossego inquietante das vozes dos incrédulos, das vozes dos que cumprem o protocolo, quero segredar-lhes ao ouvido, sem malícia, sem arrogância, e no meio de todo aquele barulho, simplesmente dizer-lhes que o maior pecado contra a alma é o orgulho!

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Só com química me movo



O óbvio, desta vez não vai embora, insiste em prevalecer, resiste á razão e ao racionalmente correto! 
Desta vez, ele subsiste, intato e sempre presente, como uma mãe e um pai que está sempre lá, que não nos deixa cair em desgraça, que nos massacra de tanta preocupação!
e de repente, ele fala mais alto, ele ecoa por todo o universo e explode de verdade, de complexidade e de tortura constante.
O desapego material e palpável, é terrível, faz-nos ver o mundo, ver toda esta energia de uma forma desprendida com fome de emoções, de aventuras e paixões desenfreadas...sabes, as verdadeiras, as sentidas e exprimidas feitas de espontaneidade? Preciso delas, preciso delas para viver, para respirar, só assim tudo faz sentido, só assim o sentido se faz vida, a insatisfação constante percorre-me as veias, sinto que elas vão ficando cheias e me alimentam a alma!
Como se vive, se sobrevive, sem aquele click, aquela centelha, o impulso de caíres de cabeça sem pensares se te vai doer ou não? Como te moves se simplesmente não sentes nada! Que química é essa que não te mata, mas que contagia com tanta força que mesmo preso fisicamente vagueias por todo o espaço e tempo e ás vezes encontras-te comigo...e eu...ás vezes...sinto que é quase sempre!