quarta-feira, 28 de abril de 2010

Dis-me a verdade mendigo!!!

diz-me a verdade 
porque andas a pedir?
diz-me a verdade,
porque nos deixas ir?

diz-me a verdade mendigo...
porque pedes nestas ruas?
porque não tens amigo?
porque nos chamas tuas?

a vida passa por ti, mendigo...
ninguém pára no teu abrigo,
porque pedes sem cessar?
porque te dás a esse castigo?

eu te contarei, se por mim passares...
um destes dias quando te deitares e esperares por mim
mendigo...em mim não pensarás, só em ti, 
é em ti  que pensas, quando me abordares.

mendigo sou eu!! mas tu é que pedes atenção
tu é que sofres com a solidão do tempo
aborda-me com sinceridade
aborda-me por mim e não por ti

E ai...ai sim, mendigo só nesse momento
eu te contarei a verdade!
e agora passo eu pelas ruas do cais do Sodré
meu nome é mendigo, mas meu nome também é José!

in livro da insanidade by metamorfo


Rir quem nem um oco



passem por aki, dá para rir, ke nem um oko ;)

http://sobpressaonaoconsigo.blogspot.com/

acabei de o fazer e não consegui parar antes do patrão chegar....obrigada Juvenal!!
grrrr

segunda-feira, 29 de março de 2010

Oko amigo

Oko amigo, concelheiro capaz
nesta selva estarei contigo
deixas-te tudo para atrás
salvar-te-ei do iminente perigo...

porque insisto em contigo privar?
porque insistes nas histórias
que disses que tens para me contar?
leva para longe todas as tuas memorias...

oko chato que insistes...
vai-te embora não voltes mais
porque será que resistes?
porque te levantas sempre que cais?

oko de há muito tempo atrás
que caminha comigo e tudo tem...
são tempos de um tempo que me apraz
não serei eu oko também?!

Oko consumista

percorrem todos os centros comerciais da sua zona, todos os fóruns comerciais que conhecem, na busca incessante de algo igual a tantos algos que outrora viram em alguém, mas de preferência mais caro.
 gente oka sem gosto pessoal sem vontade própria ou incentivo . como eles vagueiam, como seguem errantes só olhando em frente!
 gente negra, gente desinteressante! facilmente os identifico, e isso dá-me alento para continuar, de mim pouco crédito recebem, e nunca me deixarão abalar!
estereótipos, papel químico de  actores famoso, podemos chamar-lhes tanta coisa...consumistas natos, por norma só pensam em gastar dinheiro, quando crianças sonham com o dinheiro dos pais...e que pais...que pais que alimentam o vicio das crianças de amanhã que tudo pedem, tudo têm e nada merecem! amanhã teremos os nossos adultos, crianças de hoje, que maltratam quem os bem tratou em tempos...mas não é assim a vida!? È...mas não deveria ser...e só quem joga pelo seguro está protegido...estás protegido? eu não estou...mas a capa que mandei fazer é grande o suficiente para me proteger, queres vir te abrigar comigo debaixo dela? se sim és bem-vindo, se não...lamento, mas abrigar-me-ei sozinho!

«Segue teu destino, rega as tuas plantas, ama as tuas rosas.
O resto é a sombra de árvores alheias.

A realidade sempre é mais ou menos do que nós queremos.
Só nós somos sempre iguais a nós próprios.

Não só quem nos odeia ou nos inveja nos limita e oprime;
Quem nos ama não menos nos limita.

Que os deuses me concedam que, despido de afetos,
Tenha a fria liberdade dos píncaros sem nada.

Quem quer pouco, tem tudo;
Quem quer nada é livre;
Quem não tem, e não deseja, homem, é igual aos deuses.»

- Fernando Pessoa – Odes de Ricardo Reis

sexta-feira, 26 de março de 2010

Os Okos e o tempo

«Ao dizermos: “O conhecimento não ocupa lugar” estamos a fazer uma afirmação incorrecta. A memória é como uma “caixa”. Quanto mais informação tem, mais cheia fica. Quando a “ caixa” está “cheia”, tem de “esvaziar”. A esse “esvaziamento” a Psicologia dá o nome de esquecimento. O esquecimento permite à memória reter ou armazenar novos conhecimentos. O esquecimento é essencial para o processo de memorização. É, pelo facto, de esquecermos que estamos aptos a fazer novas memorizações. O esquecimento apresenta uma função selectiva e adaptativa, afastando todos os materiais que não são importantes ou úteis para um normal funcionamento da nossa vida.»
.Escola Secundária 3ºcliclo da Azambuja
António Matos nº4- 12º A
Miguel Apolinário nº13-12º A
Rui Gaga nº15- 12ºA

 Achei deveras interessante este excerto de texto inserido num trabalho de grupo efectuado por estes alunos. podia ter citado qualquer um, mas tropecei neste, por isso...
aliamos então, Dali, psicologia, esquecimento e ocos.

lembras-te naquele tempo? quando a comida que tinhas, apenas era suficiente para colmatares as necessidades mais básicas? quando por volta das 20h00 sentias a barriga colada ás costas e o melhor que tinhas a fazer era enfiares-te na cama a ver se as dores passavam, lembras-te?

lembras-te daqueles dias frios demais que te apetecia um banhinho quente e que nem  água aquecida tinhas? sim, e das vezes que querias convidar algum amigo lá a casa mas a vergonha da parca mobília calava-te a boca abafava-te as palavras...lembras-te?

lembras-te quando a televisão, a boa aparelhagem e o auto rádio xpto, faziam parte dos teus sonhos e nada mais? 

Meu amigo irmão, esse tempo há muito que está esquecido, arquivado nalguma partição da tua mente desordenada, na ânsia de nunca voltar a encontra-lo nem sequer passar os olhos por quem passa pelo mesmo, apesar dos tempos já serem outros e os outros já não serem destes tempos...

nesse tempo a olhos de alguns surreal e irracional teria te conhecido com toda a nudez que se quer, com toda a pureza e confronto que se pretende! sem tempo para okiçes ou qualquer coisa terminada em içes, seriamos só tu e eu em pleno! tu e eu, tempo, eu e tu insanidade.

e hoje? hoje nestes dia okos nesta dimensão de plena superficialidade e soberba, correm feitos loucos tentam passar pela porta do tempo em busca de dias melhores! não!!! não os encontraram, pois eles morreram há muito, há muito que se extinguiram, hoje lutas por tudo o que é material, por tudo o que possas mostrar ao teu próximo, por tudo o que achas que te dignifica...e o vento leva-te, afasta-te cada vez mais da tua condição de humano...vai....vai...quiça os encontres por entre as nuvens do paraíso, quando fores para o ceú...

in livro da insanidade by MetaMorfo




 

quarta-feira, 24 de março de 2010

Desprovidos de olhar


Desprovidos de olhar, cruzam-se nos teus caminhos, amparam as ansias dos prescritos, são os homens malditos, sem escolha, sem rumo, sem dor.
nada me  rovolta e indigna mais do que constatar no meu semelhante olhares vazios e peitos ocos.
Roboticamente deambulam pelas bifurcações da vida, escolhendo metódicamente sempre o mesmo rumo!
gente que só olha para si, que só vê os seus problemas que só repara nos seu medos, desprovidos de olhar eles rumam ao seu objectivo, olham e não vêm o sem abrigo, não vêm a criança, não vêm o idoso tentando atravessar a rua, ou o ceguinho na porta do metro...e caminham, caminham...desprovidos de olhar, eles olham sem ver os males do mundo...
a total ausência de sentimentos, a inércia e as frases monosílabas caracterizam este Homem que passa ao teu lado sem te ver, agem mecanicamente e a palavra semelhante não existe nos seus dicionários, alheios a tudo o que não lhe diz respeito, seguem a sua marcha sem nada que os demova...deixai-os passar, deixai-os passar...

terça-feira, 23 de março de 2010

Carinhosamente okinhos

Hoje, e como já não vos visito á bastante tempo, quero deixar algo profundo. Falar-vos-ei de um grande filósofo espanhol que tanto adoro; José Ortega y Gasset e com uma citação do mestre inicio este post:

«É imoral pretender que uma coisa desejada se realize magicamente, simplesmente porque a desejamos. Só é moral o desejo acompanhado da severa vontade de prover os meios da sua execução» made in a Rebelião das massas.

Carinhosamente cuidamos dele, de mansinho ele vai crescendo, crescendo, crescendo...mas só mesmo em matéria, damos-lhe tudo o que não tivemos, reparamos-lhes todas as falhas, seguramos sua mão, comatamos toda e qualquer falta...no entanto, só a matéria é que continua a expandir-se...

qualquer erro é perdoável, qualquer indiscrição não mereçe castigo, e eles crescem, crescem, a repreensão é impensável, pois levaria a nos odiarem mais tarde...carinhosamente pagamos suas dividas incautas, sem nunca questionarmos! e no entanto eles continuam a crescer...e um dia...um dia qualquer...quiça um dia de sol, sem nuvens, um dia de paz...deparamo-nos com eles á nossa frente, sem dividas, sem maus tratos, sem danos sem arranhões, sem carências, sem sufocos...mas também sem nada para além da matéria pálpavel...e ai, ai os chamaremos carinhosamente de okinhos!

São estes os adultos de amnhã, são estes seres que carregam castelos de areia nas mãos, que carregam alentos e magias inatingiveis, que vivem para além do terreno, para além das nuvens de açúcar!
como eu os queria acordar, como um dia alguém me acordou a mim, como eu os queria despertar deste sono  profundo.



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Conversa de circunstância Tipica do Oko


Se há coisa que mais me enerva e me faz perder a pica, são aqueles okos ou pseudo-okos que iniciam aquela converseta de circunstância! Sabes, aquela coisa do «tá frio! vai chover não vai?» «então, tá tudo em cima? tás mais magro, não tás?» «já viste a crise que ai vai?isto é em todo o lado!»
e depois por ai fora, ao estilo bola de neve, até porque sabemos que a converseta  vai terminar já, já...afinal é só de circunstância e o fulano mora já ali, ou sai já na paragem a seguir...ou quiçá saias tu...não há pachorra!!!!! mas porque é que não se calam se não têm nada a disser, as palavras são preciosas de mais para serem gastas com futilidades! o silencio é de ouro, e a palavra ás vezes mata...e a lábia só serve para engate...caraças para a converseta mole, fico fora de mim...«Bom dia, está cá hoje?» «não, trólaró do caraças, só estive ontem!!!!!!!!!!!!!!»...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Momento de descontração!!!

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Jogos Olimpicos de Inverno 2010

Os Jogos de Inverno de 2010 começam hoje, sexta-feira, dia 12 de Fevereiro de 2010 em Vancouver (Canadá).
e como não podia deixar de ser existe uma nova modalidade, o «TIRO AO OKO», largam-se vários num campo de futebol 11 e depois tenta-se acertar neles usando armas de paintball...o que acertar em mais okos será premiado com a incumbência de tentar ensinar ao oko «como não ser oko» (escusado será disser que ninguém acerta em nenhum!)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Porquê???????????

 
Mas afinal porque carga d'água é que resolvi escrever sobre Okos!!!!'
porque raio decidi aprofundar esta raça mal arraçada?
porque diabos invoquei esta espécie atroz??!! 
Bem...desvendamos então o que me vai na alma:
toda a minha vida conheci os Okos, inclusive convivi com eles, dei-me bem com eles, privei com eles, chegando mesmo a aparar alguns golpes  dessas criaturas!
sempre na expectativa que a convivência saudável, calma, espontânea, aberta ao diálogo fosse motivo para o possível crescimento de sementes nos seus cérebros, para a ramificação de ideias, que com o tempo se tornassem sólidas e consistentes e que aos poucos conseguissem pensar, agir, raciocinar, interagir e assimilar elementos básicos e menos complexos sozinhos, sem muleta, sem bengala!!!
MAS ISSO NUNCA SE VERIFICOU
consegui provar que com o tempo eles ficam cada vez mais OKOS, com o passar dos anos a mente estagna necessitando SEMPRE que alguém pense por eles, os reflexos tornam-se menos imediatos, a lógica perde-se e nasce uma insegurança descomedida e abrupta!!!! algo que eu pensava que só acontecia aos idosos ou quem sofre de doenças do fórum psicológico; no entanto ser OKO, NÃO É SER DOENTE!
infelizmente e coitadito de mim sou obrigado a conviver com uma criatura OKA no meu local de trabalho!!!TODOS OS DIAS!!!
falarei sobre esse ser mais tarde, agora fiquei o astral um bocado em baixo, pois deprime-me falar do ser mais Oko que conheci até hoje!!!no entanto terei que escrever sobre isso, pois a minha avó disse-me que se escreveres sobre o que te incomoda o incomodo,desapareçe :D !!!!!!!!!!1



Não podia passar em branco...Norman Rockwell

 
Norman Rockwell, nascido a 3 de fevereiro de 1894, grande pintor e ilustrador norte-americano.
não podia deixar de falar dele, até porque aprecio a sua obra pela forma como coloca perfeccionismo nos detalhes. os seus desenhos infantis fascinam-me pelo realismo dos traços
Aqui está um exemplo flagrante do contrário de Oko, alguém que apesar das suas ansiedades de criança, do seu extremo acanhamento e de todos os seus complexos em relação ao seu aspecto físico, desenvolveu uma capacidade que o deixou famoso mesmo depois da sua morte!
«o limite é o céu» este pensamento não existe na cabeça de um oko, a não ser que o objectivo seja infernizar a vida a alguém!


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Oko no Trabalho (emprego)

eles adoram ser okos, amam se submeter, gostam de ser obedientes! ATENÇÃO!! mas só no local de trabalho, são os melhores a lamber as botas do chefe, os primeiros a polir os team leader e veteranos na arte de BDSM, mas só no local de trabalho, convém frizar!

Eles fazem tudo para ficarem bem vistos aos olhos do seu superior, e ser okos esta-lhes no sangue! a traição do colega de trabalho, é a prática preferida deste tipo de criaturas, veneram todo e qualquer Supervisor que frequente o mesmo local que ele.

Nas costas do líder, adoram dialogar com os seus iguais hierarquicamente, afim de tirar nabos da púcara!!

CUIDADO!! os okos no trabalho são da pior espécie que existe, trabalhar a seu lado é esgotante demais, pois implica uma filtragem completa do seu dialecto, tendo por vezes que traduzi-lo para uma linguagem mais térrea e natural!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Fábula do Oko executivo

«Esta é a fábula de um alto executivo que, stressado, foi ao psiquiatra. 
Relatou ao médico o seu caso. O psiquiatra, experiente, logo diagnosticou:
- O Sr. Precisa de se  afastar por duas semanas da sua actividade profissional.
É conveniente  que vá para o Alentejo, e se isole do dia-a-dia e procurando
algumas actividades que o relaxem.  Então o nosso executivo procurou seguir as orientações... *
Munido de vários livros, CDs e sem o Ipad, partiu para a herdade de um
amigo.
Passados os dois primeiros dias, o nosso executivo já tinha lido dois livros
e ouvido quase todos OS CDs.
Continuava inquieto. Pensou então que alguma actividade física seria um bom
antídoto para a ansiedade que ainda o dominava.
Chamou o administrador da herdade e pediu para fazer algo.
O administrador ficou pensativo e viu uma montanha de esterco que tinha
acabado de chegar. Disse ao nosso executivo:
- O Sr. pode ir espalhando aquele esterco em toda aquela área que será
preparada para o cultivo.
O administrador pensou consigo:
"Ele deverá gastar uma semana com essa tarefa".
puro engano.
No dia seguinte o nosso executivo já tinha distribuído o esterco por toda a
área.
O administrador então lhe deu a seguinte tarefa: abater 500 galinhas com uma
faca.
Essa foi fácil: em menos de 3 horas já estavam todas prontas para serem
depenadas.
Pediu logo uma nova tarefa.
O administrador então lhe disse:
- Estamos iniciando a colheita de laranjas. O Sr. vá ao laranjal levando
três cestos para distribuir as laranjas por tamanho. Pequenas, médias e
grandes.
No fim daquele primeiro dia o nosso executivo não retornou.
Preocupado, o administrador  dirigiu-se ao laranjal.
Viu o nosso executivo com uma laranja na mão, os cestos totalmente vazios,
e a falar, sozinho:
- Esta é Grande; não, é média. Ou será pequena ???
- Esta é pequena; não, é Grande. Ou será média ???
- Esta é média; não, é pequena. Ou será Grande ???»

**Moral da história:
**
Espalhar merda e cortar cabeças é fácil. O difícil é tomar decisões !!!*

Trauma oko-craniano

Aki, na figura em cima, estão dois exemplos flagrantes de okos Contidos no seu estado bruto; estes exemplares foram ridicularizados perante uma multidão de ocos executivos no seu próprio local de trabalho.
a pressão exercida nos seu diminutos cérebros foi tanta que não hesitaram em recorrer ao uso destes capacetes ocos feitos por medida!
neste exemplo temos o chamado «Síndrome de Okochron» quando existe uma inflamação ao nível neurológico e o cérebro fica reduzido a um neurónio e como se não bastasse atrofiado!
assim, com esta protecção oko-craniana ficam menos expostos aos olhares discriminativos e a lesões irreversíveis ao nível do seu tão estimado neurónio!

este tipo de situação verifica-se em grande escala aquando da junção no mesmo espaço destes dois tipos de okos, o oko executivo e o oko contido e é intensificada sempre que o executivo é o oko superior hierarquicamente.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O OKO ESPERTO OU OKO BEAN

 
O oko Bean 
dedica-se á mais antiga profissão do mundo!
prostituir a mente alheia, conspurca-la e flameja-la ao ponto de não se saber ao certo se estamos a sonhar ou se acordámos dentro de um submarino em chamas!
ele actua em 3 fases, passo a descrever:
  1. observa-te e retém o teu ponto fraco
  2. aborda-te de uma forma espontânea
  3. assimila e memoriza metodicamente cada uma das tua palavras, filtrando tudo o que possa plagiar! 
foca qualquer assunto de uma forma superficial, sem nunca se alongar demasiado nos temas, qualquer expressão que utilize tem sempre direitos de autor. 
São okos espertos, porque conhecem as suas limitações, e nunca em ocasião alguma se excedem , evadindo-se  perante questões da sua completa ignorância.
Damos por ele a vaguear nas suas ilusões, ávido de sabedorias  utópicas, inventa e deturpa todo e qualquer tema que desconheça ou que ache que deveria existir!
perante um oko desta estirpe, só te resta fazer uma coisa, ouvir-lo, com atenção, até ao fim, sem nunca mostrar aborrecimento ou tédio...pois se não o fizeres as consequências serão desastrosas!!!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Gritos ocos



Gritos ocos, lançados no vazio
gritam de raiva e impotência
 são os ocos de Lisboa sem brio,
que deambulam na sua demência,


chegando sem veres abrem a porta,
o rio avistam e não sabem seu nome,
que espécie fria, que natureza morta
contaminam a cidade lançam a fome!


não têm olhos, não vêm além...
pobres de espírito, malfadados,
não sentem na alma a história que tem
a Lisboa linda e seus tristes fados!


 (Made in livro da insanidade by Matamorfo)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

OKO CONTIDO OU OKO TRÓLARÓ


O oko contido é tímido, abstrato e muito reservado, sem nunca deixar de ser oco!
ele observa, ouve, limita-se a seguir-te com os olhos, e quando menos esperas, toma lá um bitaque!!!
e toda a sua esplendorosa ocosidade sobressai!!!
tu olhas, analisas, e tiras a mais básica elacção:-«foi um descuido dele, de certeza que não disse por mal»
MAS NÃO!!!!!!!!! ai está a verdadeira contenção, o oco trólaró tenta disfarçar, mas o resultado é desastroso!! portanto, será sempre uma boa companhia, logo que só sirva para ouvir e abanar a cabeça de oko!!

Mar de nada

conto as horas para daqui sair, para fugir, não penso em mais palavras...só no conteúdo das tuas palavras, brancas, nuas, claras, breves demais!
és o contrário de oco,  és o oceano que não existe a sabedoria que resiste á forte tempestade, mas eles tentam atingir-me, inflamam palavras e consome-nas como doidos , não te deixes levar, não os deixes alcançar....

Ocos errantes


Sombrio e triste vagueio por ai
procuro alguém capaz de me ouvir
becos escuros me levam a ti,
será que algum dia vou partir?


partirei sem destino desta terra
livre das memórias de outrora, 
liberto dos sussurros de outra guerra
ansiando algo que longe mora...


Homens sem conteúdo se cruzam
varrendo mentes brilhantes,
será que de nós se usam?
será que não estamos distantes?


estaremos todos loucos,
vagueando pelo vazio?
ou serão só os ocos
libertando o seu fastio?

in livro da insanidade by Metamorfo

Homens de pedra


Thomas Eliot -« Os Homens Ocos»

Para relaxarmos um pouco, deixo-vos um trecho de um poema que retrata um pouco os 63% da nossa sociedade actual! retomaremos em força logo, logo, eu sei que estão ansiosos por descortinar mais sobre o mundo vazio dessas criaturas, que tanto nos impressionam!

"A penny for the Old Guy"
(Um pêni para o Velho Guy)





«Nós somos os homens ocos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!

Nossas vozes dissecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressivas

Como o vento na relva seca

Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada
Fôrma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor;

Aqueles que atravessaram
De olhos rectos, para o outro reino da morte
Nos recordam - se o fazem - não como violentas
Almas danadas, mas apenas

Como os homens ocos
Os homens empalhados.»

(Tradução de Ivan Junqueira)

O ZÉ OKO, OU, OKO DESINIBIDO


Ele mistura-se com a multidão, tornando-se por vezes imperceptível, trata os demais por tu, usa um dialecto muito próprio, capaz de impressionar o seu semelhante!

o Zé oko, é parte integrante do bairro em que vives, do café da esquina que frequentas, até da superfície comercial a que te deslocas!!

Assumem um aspecto extrovertido quando rodeados de muita gente, envolvem-se no seu discurso abruptamente, roçando por vezes a insanidade!

Desinibida mente caminha pelas ruas da tua vida ao som dos estridentes passos ecoando na tua mente como os sinos da igreja!

Para este oko a palavra LIMITE não existe. Mais tarde trarei os exemplos mais flagrantes deste tipo de criatura.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

os Okos «aka» Ocos


eles são bonitos, feios, grandes, magros, gordos, esbeltos, há-os de toda a cor e feitio!

são agressivos, ponderados, exaltados, calados, tristes, exuberantes, apáticos e até coerentes!

vivem num mundo próprio, numa terra distante, alguns bem perto de nós, outros nem por isso.

são uma espécie enraizada na terra desde os seus primórdios, eles sempre existiram e vieram para ficar, multiplicam-se como ervas daninhas, e alguns até provocam urticaria

ao longo deste blogue vamos falar das várias estripes desta espécie em proliferação!